Atualmente, a energia solar fotovoltaica é a que mais cresce, e o Brasil tem grande potencial para liderar a geração mundial.
De acordo com o relatório da IRENA, publicado em 21/03/2023, o Brasil encerrou 2022 na 8ª posição mundial em capacidade operacional de energia solar. O país alcançou 24 GW de potência instalada, ficando à frente de Espanha, Grã-Bretanha, Holanda e França.
Acompanhe no post de hoje mais detalhes sobre o mercado de energia solar no Brasil.
Energia solar no Brasil: tipos, o cenário e os desafios
O Brasil possui uma enorme capacidade de produção de energia solar. Nesse 1º trimestre de 2023 registrou o melhor início da história do setor. Segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), mais de 182 mil sistemas fotovoltaicos foram conectados nos primeiros três meses do ano, superando o recorde de 2022 quando foram registradas 165 conexões no mesmo período.
Antes de aprofundarmos no cenário solar brasileiro, é importante entender os dois principais tipos de geração de energia solar no país, a saber:
Geração Distribuída
Como o próprio nome diz, a geração distribuída é caracterizada pela produção de energia solar em diversos pontos diferentes através de geradores fotovoltaicos de menor porte instalados nas próprias unidades consumidoras (casas, empresas e indústrias), ou próximos a elas. É o segmento que mais cresce no Brasil, com mais de 69% de toda potência instalada de energia solar no país.
Geração Centralizada
Essa por sua vez, é formada por grandes usinas, construídas, geralmente, em locais afastados das áreas de consumo necessitando, consequentemente, de infraestrutura de transmissão para levar a energia produzida em grande escala para milhares de unidades consumidoras. Atualmente, a geração centralizada responde por cerca de 30% de toda fonte solar no país.
Qual é o cenário da energia solar no Brasil?
De acordo com dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), até março de 2023 o Brasil já somava mais de 1.7 milhões de sistemas solares fotovoltaicos conectados a rede das concessionárias no segmento de Geração Distribuída, equivalente a uma potência instalada superior a 18GW, dividas nas seguintes classes de consumo:
- Residencial: 78,9%
- Comércio e Serviço: 10,7%
- Rural: 8,5%
- Industrial: 1,7%
- Poder Público: 0,2%
- Serviço Público: 0,01%
- Iluminação Pública: 0,004%
No Ranking Estadual de potência instalada está São Paulo com 13,8%, seguindo de Minas Gerais com 13,7% e do estado de Rio Grande Sul com 11,1% O Paraná, detém da 4ª colocação no ranking com 9,8% do total de potência instalada até março de 2023.
O relatório também destaca os municípios com as maiores potências instaladas até março de 2023, com Florianópolis no topo, seguida por Brasília e Cuiabá.
Como podemos ver, a energia solar no Brasil tem crescido, exponencialmente, no segmento residencial, movida, principalmente, pelos atrativos benefícios econômicos de redução dos custos com a energia elétrica.
Desafios da produção de energia solar no Brasil
Os principais desafios para 2023 estão relacionados aos fatores macroeconômicos, como: câmbio e inflação, mudanças governamentais, efeitos regulatórios tais como a Lei nº 14.300 e créditos mais restritos. Dessa forma, a capacitação e as estratégias de vendas deverão seguir um rumo muito mais consultivo direcionando a venda de geradores solares como fator de investimentos com retornos de médio e longo prazo.
O futuro da energia solar no Brasil
Este é um setor muito atrativo para novos investidores. O Brasil faz parte do Acordo de Paris, que busca conter o aquecimento global, e se comprometeu a reduzir 37% da poluição até 2025, sendo responsável por 3% das emissões globais de gás carbônico. A energia solar é a principal fonte para reduzir as taxas de poluição.
O futuro da energia solar no Brasil é promissor, sendo uma opção econômica que também preserva a natureza e previne catástrofes ambientais.
Outro fator que impulsiona o futuro promissor da energia solar no Brasil é a crescente profissionalização do mercado. O aumento de empresas especializadas tem ampliado o atendimento aos consumidores residenciais, comerciais e industriais.
Até mesmo as grandes concessionárias, donas de grandes projetos de instalação de usinas solares, tornam todo o setor de energia solar mais competitivo. Isso é positivo, pois assim os consumidores terão as empresas oferecendo soluções melhores por preços mais competitivos.
Por fim, de acordo com os órgãos especializados do setor, a expectativa é que a fonte solar fotovoltaica gere mais de 300 mil empregos e R$ 50 bilhões em novos investimentos em 2023. Portanto, o setor deverá fechar o ano com mais de 23,8 GW de capacidade instalada.
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